A polarização política no Brasil é um fenômeno que tem se intensificado nos últimos anos. Ela se caracteriza pela forte divisão entre grupos políticos com ideologias opostas, que muitas vezes se confrontam de forma agressiva e intolerante.

Um dos principais fatores que contribuíram para essa polarização foi a crise política que o país enfrentou nos últimos anos, com escândalos de corrupção envolvendo políticos e empresários, além da forte recessão econômica.

Além disso, a popularização das redes sociais e a disseminação de notícias falsas (fake news) têm contribuído para a ampliação dessa polarização. Muitas vezes, grupos políticos extremistas se aproveitam dessas ferramentas para espalhar informações falsas e difamações sobre seus oponentes, gerando uma grande desinformação na sociedade.

Essa polarização tem gerado um clima de acirramento político no país, com manifestações violentas e confrontos nas ruas entre grupos políticos rivais. Isso tem gerado preocupações quanto à estabilidade política e institucional do país, assim como com a possibilidade de um enfraquecimento da democracia brasileira.

Nesse contexto, é fundamental que a sociedade brasileira busque o diálogo e a tolerância para superar as diferenças ideológicas e construir um projeto comum para o país. A democracia depende do respeito às opiniões divergentes e da busca por consensos em benefício do bem comum.

A partir das manifestações de rua ocorridas a partir de junho de 2013; e como esta repercutiram no processo de polarização política no Brasil, sejam, através da disseminação de notícias falsas nas redes sociais; nas notícias televisivas ou em outras mídias de acesso audiovisual.
Esses atos tornam se a base de inúmeros conflitos dialéticos, partidários e ideológicos na sociedade brasileira.
História da redemocratização
O Governo Sarney (PMDB), toma posse em 15 de março de 1985.
O Governo Collor (PRN), com seu vice Itamar Franco (CIDADANIA), toma posse em 15 março de 1990, com eleições diretas.
O Governo Itamar toma posse em 29 de dezembro de 1992, com a renúncia (após o impeachment) do presidente Fernando Collor de Mello.
O Governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), toma posse em 1 de janeiro de 1995, ficando por 2 mandatos.
O Governo Lula (PT), tomou posse em 01 de janeiro 2003, ficando 2 mandatos
O Governo Dilma (PT), tomou posse em 01 de janeiro 2011 e após o impeachment o Governo Temer toma posse em 12 de maio de 2016.
O Governo Bolsonaro (PSL), tomou posse em 01 de janeiro de 2019 até a presente data.

  • Quem sempre esteve no poder?
  • Desde 1985 até 2018 sempre esteve no poder o PMDB (hoje MDB), diretamente ou indiretamente e com a polarização abriu espaço para os partidos de centro (chamados de “nanicos”), sendo um deles, o DEM.
  • Vemos no governo Bolsonaro em 2018 houve uma escolha de ministros com mais liberdade, sem ter que colocar ministros partidários.

Porém a institucionalização do poder desde 1985 fez que o PMDB aliasse indiretamente (como sempre fez) com o DEM para dominar o governo e força as antigas políticas de coalização, o que não estava sendo feito.

Porém culturalmente o país entende se que sem o “toma lá da cá” o presidente não governa, porém a população está começando a entender esse jogo político, o que iniciou se a partir de 2016.

  • Pandemia de 2020
    Com a pandemia que estamos vivendo em 2020 a polarização aumentou ainda.

Distância social vertical ou horizontal?
Economia ou Saúde?
Ciência ou política?

Apesar de todas as decisões de distancia estarem sobre a responsabilidade dos governos estatuais e municipais (determinação do STF), a população é levada que quando ocorre qualquer problema tonar se problema do poder federal.

  • A mídia polarizada
  • A mídia sempre comandou os governos anteriores até chegar o governo atual que criticou a mídia durante toda a campanha em 2018.
    Os dois lados que ficaram para segundo turno (direita x esquerda) praticamente se digladiaram em redes sociais e por muitos momentos presencialmente
    A direita assume o país no poder executivo em 2019, porém o legislativo não tem por sua maioria a direita e sim partidos de centro e centro direita.
    Os partidos de centro quando perceberam que não haveria política de coalização utilizou a mídia para “sequestrar” todos os projetos do executivo até que ele cedesse as acordos que ocorriam no passado.
    A mídia critica arduamente qualquer ação do governo federal e não faz qualquer elogia ou destaque para ações positivas.
  • Para onde estamos indo?
  • O governo federal teve que ceder a política de coalização do passado unindo se aos partidos de centro, porém ainda com mais liberdade em seus ministérios até o momento
    O governo federal também teve que ceder ao STF para que não fizesse uma política a qual tudo estava sendo levando a judicialização.
    O governo federal teve que fazer alianças com os governadores (maioria) e prefeitos (maioria) para que não parecem a economia através da pandemia.
    A economia está sendo retomada, porém ainda os partidos do poder, que veem temem o sucesso do governo federal através da ajuda humanitária (auxilio emergencial) poder ser reeleito em 2022, estão resistentes a vários projetos (principalmente de reformas administrativas, políticas e privatizações).
  • Conclusão

A mais de 30 anos que não tivemos um candidato conservador no poder, o que causa uma grande quebra de paradigma no sistema de governo atual onde o atual presidente mostra se lutando com um sistema que teve um
passado marcado pela corrupção e desvios de dinheiro público.

Porém a população torna se “cega” através da polarização não conseguindo enxergar erros no governo e nem mesmo apontar os acertos e a oposição política através da mídia e das redes sociais alimentando informações negativas do governo (algumas delas sendo desinformações).

Crescendo cada vez mais a polarização que não é mais entre esquerda e direita e sim entre grupos almejando a retomada do poder, enquanto outros grupos dizendo que se esse poder for retomado levaria o país ao caos social e financeiro como está ocorrendo na Venezuela atualmente.

Finalizando penso que devemos nos politizar e não cair na armadilha do senso comum, ou seja, as informações que nos são fornecidas devem ter um filtro gigante.

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