Após o período de redemocratização do Brasil, ocorrido na década de 1980, a política do país passou por uma série de transformações, incluindo a adoção de políticas de coalização. Essas políticas têm como objetivo estabelecer alianças entre diferentes partidos políticos para a obtenção de apoio político em momentos de votação, formação de governos e tomadas de decisão em geral.

No contexto brasileiro, a política de coalização é vista como uma necessidade, já que o sistema político do país é caracterizado por um grande número de partidos e uma complexa rede de relações políticas. Além disso, muitas vezes as negociações e acordos entre diferentes partidos são necessárias para a aprovação de projetos de lei e outras medidas importantes para o país.

No entanto, essa política de coalização também tem sido criticada por alguns setores da sociedade, especialmente quando envolve acordos pouco transparentes e negociações que podem prejudicar o interesse público em favor de interesses políticos particulares. Nesse sentido, há uma necessidade de se estabelecer mecanismos mais efetivos de controle e fiscalização, a fim de garantir que os acordos de coalização sejam realizados de forma transparente e de acordo com o interesse público.

Além disso, a política de coalização também pode ter um impacto negativo na governabilidade do país, já que muitas vezes o governo é obrigado a ceder a demandas de partidos aliados, mesmo que isso vá contra seus próprios interesses ou da população em geral.

Assim, é importante buscar um equilíbrio entre a necessidade de se estabelecer alianças políticas e a garantia da transparência, efetividade e interesse público das medidas tomadas através dessas alianças.

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